Decepções,
sonhos,
projetos,
realizações,
músicas de amor,
histórias com finais inesperados,
rostos bonitos,
olhares trocados em um show,
cansaço,
saudades...
Antigamente era fácil falar sobre o que há dentro de mim. Mas parece que hoje sinto um bloqueio que me enche de sensações difíceis de expor. Estas, que ficam rodeando o ser todos os dias... em certos momentos até tomando conta de mim.
Eu sei! Sou a culpada desse copo d'água tão cheio e ao mesmo tempo vazio por não conseguir dar o primeiro passo. Talvez seja preguiça de tentar. Sendo certo ou incerto, eu continuo incapaz de arriscar.
Então, o que eu faço, afinal?
Continuo a pedir o mesmo prato de comida, indo aos mesmos restaurantes, importando-me com as mesmas pessoas? Parada no tempo sendo a mesma menina, a mesma garota que não consegue controlar o choro; a mesma pessoa que não sabe lidar com os seus próprios sentimentos?
Será que meu rosto ainda continua com o ar bobo e ingênuo de uma criança? A impressão é que os dias continuam terminando do mesmo jeito. Sinto que leio o mesmo livro toda noite.
Preciso dar um basta nisto tudo pois esse medo de viver me mata lentamente.
Já
estou
exausta...
Exausta
de
ter
medo,
exausta
de
estar
só.
de O batuque do fim