Resolvi dar o primeiro passo. Nunca é tarde para isto, não é?
As luzes eram poucas, a música era boa e os olhares estavam completamente distantes.
Eu ainda comentei com uma amiga:
- Será que ele me viu chegar?
Daí pensei: não viu não... Viu só as emoções do momento. Música alta, batidas de samba, paqueras dispersas, conversas de amor...
O local estava quase sem ninguém e eu estava amedrontada a ter que falar com ele no final.
Então a minha consciência gritou:
- Não adianta fraquejar agora, você precisa mudar essa história de ficar com medo sem motivos, mulher! Vai lá, vai dar um oi! Deixa essa alma acesa!
E aí?
O que você acha que eu fiz?
de O batuque do fim