quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Eu não sei exatamente o que vim escrever mas estou aqui mesmo assim. Sem saber o que dizer e pra quem dizer. As vezes eu me preocupo muito com aquilo que vou dizer pra alguém e, por pensar demais, acabo não dizendo nada daquilo que pensei. Outras vezes, guardo tudo comigo. Fico naquele super abrigo que eu mesma inventei. E as palavras, escondidas em algum lugar de mim. Palavras são palavras. Algumas engraçadas, outras são apenas farsas de sentimento. E aí vem a rima. A rima simplesmente vem, sem chamar ninguém. Ela aparece do nada e traz a sonoridade pra palavra. A partir disso, uma poesia, uma música, uma história ou apenas palavras. Palavras bem sucedidas e palavras em vão. Palavras que alegram a vida e, em muitas das vezes, que machucam o coração.
O drama é o melhor amigo da rima pra mim. As músicas, a sonoridade, o sentido e a história com dramatização transformam todas as palavras numa relação de intimidade. As palavras acabam entendendo nossa dor e sofrimento. Sempre achamos histórias parecidas, músicas que lembram aquilo que um dia passamos na dor. E as palavras sempre estão lá, dispostas a sofrerem com você.
É mais fácil pra mim... Com o drama, é tudo mais rápido. As palavras bonitas e sofridas vêm de uma forma tão vasta e sentimental, do fundo do peito mesmo.... Loucura né? Uma frase poder dizer tudo o que eu não consegui quando falei.
O que seria de mim sem as palavras?
Até mesmo agora que eu não tinha assunto e nem motivo pra escrever, elas me encontraram e tudo veio ao meu alcance.